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Roberto Acioli de Oliveira

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26 de fev. de 2011

Nouvelle Vague: Ascensão e Queda


“A Nouvelle
Vague é como o
Neo-Realismo italiano,
socialmente importante,
talvez, mas artisticamente
pouco interessante”

Alexandre
Astruc (1)
 

A França Depois da Guerra

Em 1948, Alexandre Astruc escreveu um artigo onde afirmava que o cinema havia ultrapassado suas fases de atração de feira e de atração de teatro de revista. Agora o cinema havia se tornado uma linguagem, uma forma pela qual um artista pode exprimir seu pensamento. O diretor (talvez a partir daí chamado cineasta) deixa de ser apenas um ilustrador de cena, seu trabalho agora se torna um ato de escritura: “O autor/diretor de cinema escreve com sua câmera como um escritor escreve com uma caneta”. Onde anos depois, um grupo de amantes do cinema faria frutificar o trabalho plantado. Em 1959, vinte e quatro longas-metragens e, no ano seguinte, quarenta e oito outros iluminaram a sala escura a partir desta nova perspectiva. Algumas inovações técnicas durante a década de 50 permitiram aos cineastas dessa “nova onda” alcançar a praia. Equipamentos mais leves tornavam possível a filmagem com a câmera na mão, e fora do estúdio – aos quais, de qualquer forma, esses cineastas não tinham acessos em razão do custo. Sendo assim, saíram para filmar nas ruas e contrataram atores não-profissionais ou pouco conhecidos, dirigindo seu foco de interesse na vida cotidiana. A espontaneidade e a improvisação caracterizavam os filmes da Nouvelle Vague (NV) (2). (imagem acima, dois garotos roubam do cinema uma fotografia de Mônica e o Desejo, direção Ingmar Bergman, 1953; Os Incompreendidos)

Astruc é considerado uma espécie de tio da NV. Entretanto, Aldo Tassone diz que Astruc detesta essa expressão e acusa os cineastas-críticos do Cahiers do Cinèma (especialmente François Truffaut) de se concentrarem demais em seus roteiros e ignorarem a encenação – embora a defendessem enquanto se ocuparam apenas de crítica de cinema. Reprova a atitude deles contra o sistema de produção anterior e não descartou o estúdio como lugar de se fazer cinema. Esclareceu que quando falou em 1948 sobre câmera-caneta, não estava afirmando que a câmera deva ser necessariamente ágil, mas simplesmente que não existe domínio interdito ao cinema. Astruc considerou Acossado (À Bout de Souffle, 1960) como uma obra-prima absoluta, e Jean-Luc Godard talvez como o maior expoente da NV – embora logo a seguir admita que possa estar exagerando um pouco nesta última afirmação. Eric Rohmer, disse ele, é um grande cineasta, mas ele não tem praticamente nada a ver com a NV. Astruc admira Claude Chabrol como um expoente do movimento – embora admita que ele tenha realizado alguns filmes de baixa qualidade (3).

Do Curta Para o Longa

.
Acossado
se firma co
mo
um divisor de águas para
o cinema francês
e mundial




Embora tenha sido criada antes e por outros motivos, a expressão NV foi plicada ao cinema pela primeira vez no Festival de Cannes de 1959 para qualificar alguns jovens realizadores presentes. Jean Douchet sugere 1956 como data de nascimento da NV francesa, por ocasião das filmagens de O Truque do Pastor (Coup du Berger), curta-metragem dirigido por Jacques Rivette. O filme foi produzido por Pierre Braunberger, que dirigia a Films de la Pléiade. Ele já havia produzido gente como Jean Renoir, René Clair e Luis Buñuel. Da nova geração, além de Rivette, ele produziu Jean Rouch, Alain Resnais, Truffaut, Godard, Maurice Pialat, François Reichenbach (primo de Braunberger e responsável por instigá-lo através de um curta-metragem realizado em Marrocos em condições precárias), Jacques Doniol-Valcroze e Claude Lelouch. O Truque do Pastor foi filmado no apartamento de Chabrol, sendo o primeiro de uma série de curtas realizados pelos Jovens Turcos do Cahiers. Embora outros curtas tivessem sido realizados por outras vias, Jean Douchet considera Uma História d’Água (Une Histoire d’Eau, 1957), dirigido por Truffaut (veja a 1ª parte no vídeo acima), o mais NV de todos os curtas dessa época (4). (imagem acima, citação de Jules e Jim em Viver a Vida, direção de Godard, 1962)


Truffaut contou que aqueles do grupo que contavam com dinheiro da família (caso de Louis Malle, Chabrol e o próprio Truffaut), conseguiram realizar os primeiros longas-metragens da NV. Nas Garras do Vício (Le Beau Serge, 1958), de Chabrol, foi criticado negativamente pelo grupo (por transgredir as regras deste), o que o impediu de representar a França em Cannes naquele ano. Mas Chabrol apresentou o filme fora de competição e o reconhecimento lhe permitiu financiar seu segundo longa, Os Primos (Les Cousins, 1959), antes mesmo que seu primeiro filme tivesse sido distribuído na França. Truffaut abandona a crítica e lança o autobiográfico Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups), que foi um acontecimento em Cannes em 1959. Com o sucesso de seu primeiro filme, Chabrol vem em socorro de seus amigos menos afortunados. Juntamente com Truffaut, ele ajuda Rivette a terminar Paris nos Pertence (Paris Nous Appartient, 1961), que ele havia começado em 1958. Chabrol também permitiu a Rohmer realizar Signo do Leão (Signe du Lion, 1959). Os dois filmes foram fracassos comerciais. (vídeo abaixo, Accossado)


Truffaut apresenta Godard a Georges Beauregard, um produtor a beira da falência. Mas ele gostou de uma história de Truffaut que Godard lhe apresentou – que viria a ser Acossado. Mesmo com Truffaut cedendo os direitos por um preço baixo, Beauregard quer garantias já que Godard é ainda desconhecido. O produtor exige que os nomes de seus companheiros já celebres figurem nos créditos. Sendo assim, a Truffaut será creditado o roteiro, Chabrol aparece como conselheiro artístico – um posto artificial para um amigo que nunca colocou os pés nas locações do filme. De acordo com Douchet, Acossado será o único sucesso de público espontâneo de um trabalho de Godard, sem a presença de grandes vedetes. Filme manifesto, Acossado ilustra a teoria e a prática do cinema segundo a NV. Entretanto, ao mesmo tempo, o filme não nega uma inspiração clássica. A narrativa gira em torno de um casal de opostos. Michel é obcecado pela morte, Patrícia pelo contrário. A vida dela é mais psicológica, a dele, mas poética. Como definiu bem Douchet, eles usam as mesmas palavras, mas não lhes dão o mesmo sentido. Douchet explica que este filme revolucionou a escritura cinematográfica e a própria história do cinema – existe um antes e um depois de Acossado.

Pagando as Contas



A Nova Onda
nasceu em 1959 e
foi desprezada já no
final de 1960




Com os primeiros fracassos comerciais há um refluxo produtivo. Chabrol se concentra em reduzir os gastos e procurar salvaguardar o produtor, em troca esperando que este financie todos os seus filmes – o que evita a perda de tempo na busca de financiamento. Pela dimensão numérica de sua obra, parece que deu certo. A produtora de Truffaut, Films du Carrosse, começa a ter problemas com os fracassos de bilheteria dos filmes que produziu. Se Os Incompreendidos vendo 450 mil ingressos no ano de lançamento, no segundo filme de Truffaut, Atirem no Pianista (Tirez sur le Pianiste, 1960), a contagem baixou para 70 mil pagantes. O cineasta terá de esperar até Jules e Jim (Jules et Jim, 1962) para equilibrar o orçamento. Como Chabrol, ele se organiza e decide produzir apenas seus próprios filmes. Godard teve mais sorte, devido ao sucesso de Acossado, Beauregard não só produziu seus próximos seis filmes como permitiu que ele produzisse os de seus amigos. Os frutos foram Lola, a Flor Proibida (Lola, primeira direção de Jacques Demy, 1961) e Adeus, Filipina (Adieu Philippine, primeira direção de Jacques Rozier, 1962). Na opinião de Douchet, dois dos filmes mais emblemáticos da NVLola consegue apenas 35 mil espectadores. (imagem acima, outra citação em Viver a Vida, A Paixão de Joana d'Arc, direção Carl Theodor Dreyer, 1928)

O ano de 1960 marcaria o fim do entusiasmo midiático em torno da NV. Agora a imprensa fala de um cinema “intelectual e chato”, ou ainda, “a NV foi decepcionante”. Entre 1961 e 1962 nasce uma nova produtora, Barbet Schroeder está à frente de Films du Losange. Schroeder era mais um apaixonado pela NV que pretendia produzir filmes para aprender como se faz antes de realizar os seus próprios. Ele tinha uma preferência pelo trabalho de Eric Rohmer, e o ajudou depois do fracasso comercial de Signo do Leão. Rohmer oferece ao seu novo produtor um papel no primeiro de seus contos morais, A Padeira do Bairro (La Boulangère de Monceau, 1963). Schroeder produzirá os dois primeiros contos morais, oferecendo seu próprio quarto na casa de sua mãe para as filmagens de A Carreira de Suzanne (La Carrière de Suzanne, 1963) – este quarto também era o escritório de Films du Losange. Rohmer se associa a Schroeder e, com o sucesso de seus filmes (o que não inclui os dois filmes citados), fazem dela a primeira produtora independente francesa. Então Schroeder concebe um filme em episódios que se chamará Paris Vu par... (1965). O filme e composto de seis histórias dirigidas por Jean Douchet, Jean-Daniel Pollet, Claude Chabrol, Jean-Luc Godard, Eric Rohmer e Jean Rouch. Jean Douchet considera este filme como ao mesmo tempo um manifesto e um testamento da NV.

Notas:

Leia também:
François Truffaut e Seus Livros

1. TASSONE, Aldo (org). Que Reste-t-il de la Nouvelle Vague? Paris: Éditions Stock, 2003. P. 31.
2. INSDORF, Annette. François Truffaut. Le Cinéma Est-il Magique? Paris: Éditions Ramsay, 1989. Pp. 26-8.
3. TASSONE, Aldo (org). Op. Cit., pp. 27, 30.
4. DOUCHET, Jean. Nouvelle Vague. Paris: Cinémathèque Française/Hazan, 1998. Pp. 165-73.

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