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Roberto Acioli de Oliveira

Arquivos

25 de abr. de 2012

O Expressionista Desconhecido





Entre
a pinturao
teatro e o cinema,
o  anti-realismo
expressionista
alemão







A Cara do Outro Mundo

Um caixa de banco que desvia dinheiro e parte numa desesperada busca de sentido numa cidade de pesadelo – casas de apostas, bares e corridas de bicicleta com seis dias de duração; no final ele se mata numa sala do Exército da Salvação. Da Manhã à Noite (Von Morgens bis Mitternachts, direção Kalheinz Martin ou Karl Heinz Martin, 1920) foi realizado no mesmo ano de O Gabinete do Dr. Caligari (Das Cabinet des Dr. Caligari, direção Robert Wiene, 1920), mas não chegou a ser lançado para o grande público – teve algumas projeções particulares e uma pública em Tóquio, de onde a única cópia conhecida ressurgiu das cinzas. Dietrich Neumann distingue Da Manhã à Meia Noite de outros filmes expressionistas como Genuine (direção Robert Wiene, 1920), realizado apenas como uma tentativa mercadológica de imitar Caligari. Trata-se de uma adaptação da peça teatral homônima de Georg Kaiser e vai muito além do simples caligarismo. Enquanto Caligari utilizou uma narrativa-moldura com um ponto de vista realista para justificar a atmosfera de sonho, Meia Noite já está num mundo de fantasia desde o começo (1).






Um caixa de
banco e a estrada
expressionista para
o calvário







Na época, o crítico de arquitetura Heinrich de Fries descreveu o cenário de Meia Noite como um espaço abstrato, sem utilização das leis da perspectiva ou efeitos de luz e sombra (elemento considerado típico do Expressionismo no cinema), apenas a impressão de superfícies de fundo. O espaço enquanto uma entidade passiva, sem vida própria e inativa. Neumann explica que o cenógrafo Robert Neppach (que também era um homem de teatro) e o câmera Carl Hoffmann intensificaram o aspecto pictórico da arquitetura. Cenários uma mistura e cenários pintados e construídos que se combinam com os personagens. Rudolf Kurtz, em Expressionismus und Film (1926), descreveu as figuras dos personagens como fragmentos que abandonaram sua forma orgânica e se tornaram elementos do cenário, sendo dilacerados por feixes de luz que foram pintados neles. As diferenças entre os motivos dramáticos de O Gabinete do Doutor Caligari e Da Manhã à Meia Noite deixam claro que o cinema expressionista não obedecia a um conceito estilístico consistente, em cada realização tendendo a apresentar hipóteses individuais. Na contracorrente, Lotte Eisner coloca Meia Noite na mesma categoria de Genuine, como uma tentativa artificial e repleta de clichês do caligarismo (2).

Prevendo o Futuro?



Se os personagens
loucos do expressionismo
pressupunham o Nazismo,   o
que pressupõe o cinema
enlatado atual?




Em 1921, o poeta e autor expressionista Ivan Goll (1891-1950) descreverá Da Manhã à Meia Noite como o primeiro filme “expressionista cubista”. Paisagens e objetos desproporcionalmente ampliados ou encolhidos, o mundo visto a partir de um caixa de banco alucinado e homens gritando como loucos. Na opinião de Goll, apenas o cinema seria capaz de transpor a alma do protagonista para os objetos, as formas e a atmosfera da cena. Apenas o cinema conseguiria fazer vibrar num ritmo descontínuo os homens e as coisas, reduzir o mundo ao de um pobre diabo que busca do lado de fora aquilo que não existe dentro dele.


Em 1923, Goll voltaria ao assunto para dizer que só existiam na Alemanha três filmes expressionistas: Caligari, Da Manhã à Meia Noite e A Casa Lunar (ou A Casa Voltada para a Lua, Das Haus zum Mond, 1921?) – este último não tem uma cópia conhecida. Em seu livro Rudolf Kurtz insistiu que o Expressionismo fazia eco aos tempos modernos, onde um culto a figura do líder (Führerpersönlichkeit) que exprime a dependência por parte das massas seria um “complemento” da mecanização da vida – Kurtz cita três personalidades da época (líderes?), Henry Ford, Lênin e Mussolini (3).






Kracauer incluiu
Da Manhã à Meia
Noite na temática
dos filmes de rua







Segundo Bernard Eisenschitz, Kurtz transforma o gesto de revolta na origem do Expressionismo (claro tanto na peça de Georg Kaiser quanto no filme de Karlheinz Martin) numa apologia desse culto ao líder, lembrando estranhamente os excessos do Futurismo italiano. A sugestão de Kurtz encontrou um campo fértil na hipótese de Siegfried Kracauer. Em 1947, ele escreveu um livro para mostrar que o cinema alemão da década de 20 do século passado prefigurava Hitler. Kracauer encaixou Da Manhã à Meia Noite dentre os filmes que giravam em torno da temática da rua. Nesses filmes invariavelmente, afirmou Kracauer, o personagem principal abandona as convenções sociais para agarrar a vida, mas elas se provam mais fortes que ele e o forçam à submissão ou ao suicídio. Kracauer concluiu que tais filmes constatam que os poderosos dispositivos coletivos sentiam a urgência da retomada do comportamento autoritário. Da Manhã à Meia Noite seria o primeiro desses filmes (4).

Teatro Filmado Expressionista?





“O mundo está 
, seria absurdo
reproduzi-lo”

Kasimir Edschmid
(1890-1966) (5)






Os princípios do expressionismo pictural foram estabelecidos antes da Primeira Guerra Mundial por figuras como Ernst Ludwig Kirchner, Vassili Kandinsky e Franz Marc com seus movimentos A Ponte (Die Brücke) e O Cavaleiro Azul (Der Blaue Reiter). Propunham a recusa de toda imitação do real, a rejeição do naturalismo e do impressionismo, assim como apontavam para uma exacerbação da subjetividade, a liberdade de reinventar a forma a cada momento e o excesso como modo de operação. Mas o Expressionismo é mais uma visão de mundo do que um movimento com programa definido. A literatura e o teatro alemães, pelo menos aqueles que renegavam o dogma realista e evocavam obsessivamente a decrepitude e a morte, uma visão mórbida da cidade como cenário por excelência da decomposição social. Ainda que se aproximasse tardiamente desse processo, o cinema alemão, por sua vez, se apropriaria dele de tal forma que tornaria quase impossível o reconhecimento de sua origem na pintura. Contudo, apenas três ou quatro filmes alemães poderiam reivindicar expressamente essa estética. Na opinião de Jean-Pierre Berthomé, o único que surgiu de um pensamento autenticamente expressionista seria Da Manhã a Meia Noite. Na verdade, Kalheinz Martin se contentou em filmar a peça de Georg Kaiser, apresentada alguns anos antes. Os cenários (assim como o figurino e a maquiagem) anti-realistas apresentam traços toscos e desajeitados (6).






A partir de certo
momento, o próprio
 teatro expressionista
começaria a se deixar
inspirar pelo cinema
expressionista







Como explica Gerald Köhler, a montagem da peça de Kaiser em 1912 era bastante próxima de uma adaptação cinematográfica, inclusive o texto correspondia à lógica da montagem. A técnica expressionista de iluminar parcialmente o palco era parecida com os ajustes de câmera ao deixar visível apenas uma parte do espaço da atuação. A posição final na primeira parte da peça, que servia como o local de um grande monólogo, foi considerada particularmente expressionista e visionária, ao estilo de Franz Marc. Quando a versão para cinema foi realizada por Karlheinz Martin (que também era um conhecido homem de teatro, que teria sido levado para o cinema por influência de Neppach) (7), foi o ator expressionista Ernst Deutsch que atuou como protagonista – houve inclusive certa influência do cinema expressionista, inspirando cenários para peças de teatro no início da década de 20 (8). Uma das teses para explicar o sumiço de Da Manhã à Meia Noite foi o debate na época sobre a necessidade ou não de manifestações expressionistas que permitissem que ele fosse mais facilmente aceito na sociedade – a velha questão de “facilitar” o entendimento. Sendo assim, os donos da indústria cinematográfica alemã se desinteressaram pelo filme logo que foi lançado, devido ao seu radicalismo talvez pouco palatável (9).


Leia também:

Notas:

1. NEUMANN, Dietrich (org.). Film Architecture: Set Designs From Metropolis to Blade Runner. New York: Prestel Verlag, 1999. Catálogo de exposição. P. 70.
2. EISNER, Lotte H. A Tela Demoníaca. As Influências de Max Reinhardt e do Expressionismo. Tradução Lúcia Nagib. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. P. 33.
3. EISENSCHITZ, Bernard. Le Monde est lá, Pourquoi le Reproduire? Vers Une Non-Définition de l’Espressionisme. In: DEMARRE, Audrey ; VALLON, Sylvie. Le Cinéma Expressioniste Allemand. Splendeurs d’Une Collection. Ombres et Lumières Avant la Fin du Monde. Paris: Éditions de La Martinière, 2006. Catálogo de Exposição. Pp. 20-1, 24.
4. KRACAUER, Siegfried. De Caligari a Hitler. Uma História Psicológica do Cinema Alemão. Tradução Tereza Ottoni. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. Pp. 147-8.
5. EISENSCHITZ, Bernard. Op. Cit., p. 20.
6. BERTHOMÉ, Jean-Pierre. Le Décor au Cinéma. Paris: Cahiers du Cinéma, 2003. P. 54.
7. DILLMANN, Claudia. They Had the Cinema… Networks in the Expressionist Film of the Early Weimar Republic. In: BEIL, Ralf; DILLMANN, Claudia (Eds.). The Total Artwork in Expressionism: art, literature, theater, dance and architecture, 1905-25. Ostfildern, Alemanha: Hatje Cantz Verlag, 2011. Catálogo de exposição. P. 278.
8. KÖHLER, Gerald. Pain Becomes Space Here. Expressionist Theater as Total Artwork. In: BEIL, Ralf; DILLMANN, Claudia (Eds.). Op. Cit., p. 174.
9. JUNG, Uli. You Must Become Caligari! The Cabinet of Dr. Caligari and its Comercial and Artistic Success. In: BEIL, Ralf; DILLMANN, Claudia (Eds.). Op. Cit., p. 309.

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