“A intenção (...)
era fazer com que o
espectador sentisse que tudo
estava acontecendo aqui e
agora, que a Zona está
aqui, junto a nós”
Andrei Tarkovski (1)
Baseado no livro Piquenique à Beira da Estrada, de Arkadi e Boris Strugatski, o filme se passa numa espécie de terra de ninguém, um lugar fora do tempo. Stanislaw Lem, que criticou muito a adaptação que Tarkovski fez de seu livro para criar Solaris (Solyaris, 1972), sugeriu que os Strugatski foram igualmente vítimas dele (2). Sabemos, entretanto, que simplesmente o cineasta não se interessaria pelo lado fantástico do enredo de Stalker (1974) tanto quanto não se interessou pelo argumento de ficção científica de Solaris (3). Era uma questão de ponto de vista em relação aquilo que Tarkovski considerava prioritário: o ser humano.
Michel Chion acredita que Stalker é o mais linear dos filmes de Tarkovski, chegando a rivalizar com os filmes de ação norte-americanos na seqüência onde os três clandestinos entram na zona proibida de jipe. Entretanto, a diferença será sentida no ritmo e na encenação. As aventuras de Stalker são lentas! Ao contrário de Solaris e O Espelho (Zerkalo, 1974), que são dois filmes onde a mulher tem posições significativas, este filme se resume a três homens. As duas mulheres que surgem são descartadas: a acompanhante do escritor e a esposa do Stalker (4). A filha do Stalker, entretanto, apesar de aparecer ainda menos que a mãe, goza de uma posição de destaque – especialmente na cena final.
Sinopse
Sinopse
“O que foi isso? A queda
de um meteorito? Uma visita
de seres do abismo cósmico?
Fosse como fosse, no nosso
pequeno país, surgiu o milagre
dos milagres, a Zona. Enviamos
tropas para lá. Não voltaram.
Cercamos a Zona com cordões
policiais. E fizemos bem...
Aliás, não sei” (5)
de um meteorito? Uma visita
de seres do abismo cósmico?
Fosse como fosse, no nosso
pequeno país, surgiu o milagre
dos milagres, a Zona. Enviamos
tropas para lá. Não voltaram.
Cercamos a Zona com cordões
policiais. E fizemos bem...
Aliás, não sei” (5)
Um escritor e um cientista desejam entrar numa região proibida chamada Zona. Para isso, precisam de um guia. O Stalker, esse guia, é uma pessoa atormentada e não parece saber muito bem porque faz isso. Esse não é um trabalho normal, é proibido ir à Zona. Ele já foi preso por isso. No início do filme, sua mulher reclama, mas o Stalker se limita a dizer que tudo para ele já é uma prisão. O tema de Stalker é a dignidade humana, onde ela pode ser encontrada e como o homem sofre se não tiver amor-próprio (6).
O Stalker deixa sua mulher aos prantos no chão e vai ao bar onde encontrará seus clientes. Escutamos uma voz dizendo coisas negativas, mas não é ele ou seu pensamento. É do escritor falando com uma mulher enquanto espera o Stalker. Sua conversa, muito descrente dos mistérios da vida, nos dá uma idéia do que vamos encontrar: “Meu amor, o mundo é enfadonho até demais. Não há nada, nem telepatia, nem fantasmas, nem discos voadores, nada disso existe. O mundo é regido pelas leis do ferro fundido. É triste. Infelizmente, essas leis são invioláveis. Elas não podem ser alteradas. E não espere ver discos voadores, isso seria interessante demais”.
Quando a mulher pergunta sobre o triângulo das Bermudas, ele responde que não existe. Só existe o triângulo a-b-c, que é idêntico ao triângulo a’-b’-c’. “Não sente a tristeza fatal dessa afirmação?”, diz o escritor virando-se para a mulher. De acordo com ele, viver na Idade Média é que foi interessante. Havia muitos duendes, Deus estava nas Igrejas. Ela fala da Zona e da possibilidade de uma supercivilização, e ele responde que tudo isso é igualmente enfadonho, como o mundo de hoje. O escritor queria levá-la a Zona, mas o Stalker a manda embora. (imagem ao lado, próximo à sala dos desejos, podemos ver sob a água um detalhe do Altar de Ghent, Hubert & Jan van Eyck, 1427-29)
Em seguida, junto com o cientista, eles entram na Zona. Coisas estranhas acontecem, mas só o Stalker parece perceber. O escritor continua destilando sua amargura, enquanto o cientista que armar uma bomba nuclear na Zona, aparentemente em função de uma traição de sua mulher há muitos anos atrás. Chegam a uma sala, o grande objetivo da incursão. Quem chega neste local, diz a lenda, tem seus desejos realizados. No final, eles estão de volta ao mesmo bar do início da jornada. A esposa do Stalker vem apanhá-lo com sua filha que, sendo a mãe, nasceu aleijada por causa dessas viagens do pai à Zona. Aparentemente, o cientista e o escritor não conseguiram o que vieram buscar.
Uma Tentativa Poética
“Minha função é
fazer com que todos
que vêem meus filmes
tenham consciência da sua
necessidade de amar e de
oferecer seu amor, e que
tenham consciência de
que a beleza os está
convocando” (7)
“Eu queria demonstrar como o cinema (...) é capaz de observar a vida sem interferir nela de forma grosseira e evidente. Pois é nisso que vejo a verdadeira essência poética do cinema. Ocorreu-me que uma simplificação formal excessiva poderia correr o risco de parecer afetada (...). Para evitar isso tentei eliminar quaisquer indícios de imprecisão ou alusão nas tomadas - aqueles elementos que são considerados como as marcas da atmosfera poética. Essa espécie de atmosfera é sempre cuidadosamente elaborada; eu estava convencido da validade da abordagem oposta - não devo preocupar-me (...) com a atmosfera, pois ela é algo que emerge da idéia central, da realização daquilo que o autor concebeu” (8)
Os planos longos de Stalker foram o máximo que Tarkovski realizou - o que já constitui uma façanha. O que está em jogo é a eterna questão da montagem cinematográfica. Alexander Sokúrov, outro cineasta russo e conhecido de Tarkovski, realizou a façanha em A Arca Russa (Russkiy Kovcheg, 2002). Eduard Artemiev, criador das trilhas sonoras de Solaris, O Espelho e Stalker, comentou sobre essa proposta de Sokúrov:
“(...) A propósito, Sokúrov, que se considerava um aluno de Tarkovski, procurou completar o projeto no qual Tarkovski sonhou: fazer um filme inteiro como uma peça contínua. [Tarkovski] queria filmar uma estória de guerra dessa forma. Ele imaginou filmar em sua casa na aldeia. Uma cena de batalha utilizando somente uma câmera. Ele nunca conseguiu fazer isso, mas costumava dizer: ‘Isso seria cinema’. Acreditava também que editar era uma decisão forçada e deveria ser utilizada raramente. Fazer um filme em uma única peça... Ele acreditava que isso era arte real” (9) (ao lado, na única imagem fantasiosa, momentos antes um pássado sobrevoa, some e reaparece)
Felicidade, Verdade, Esperança
“(...) É melhor ter
uma felicidade
amarga do que
uma vida cinza,
maçante (...)”
A esposa do
Stalker desabafa
Durante o primeiro encontro no bar, o Stalker ouve enquanto o cientista e o escritor conversam. Como se continuasse o discurso de momentos antes com a mulher, o escritor sugere que a busca da verdade também é uma coisa enfadonha. Ele diz que até encontra a verdade, mas ela acaba se transformando num monte de... Perguntado por que deseja ir à Zona, o cientista responde apenas que é porque ele é um cientista. Já o escritor fala que perdeu a inspiração. Já na Zona, o Stalker diz que as pessoas vinham a ela atrás de felicidade. O escritor diz que nunca teve a sorte de encontrar uma pessoa feliz. O Stalker afirma que também não. (ao lado, o final de mais uma jornada)
O escritor pergunta ao Stalker se ele nunca quis se aproveitar da sala. Ele responde que se sente bem sem fazer isso. O escritor continua falando e falando sem parar, até que o cientista pede que se cale. Isso só estimula o escritor a criticar os interesses científicos. Em sua opinião, a humanidade existe para criar obras de arte. De todas as atividades humanas, o escritor acredita que essa é a única altruísta. Lá pelas tantas, desejando agir por conta própria, o escritor decide seguir sem os cuidados do Stalker. De repente, ele ouve uma voz que não era de nenhum dos outros dois. Ela diz: “Pare! Não se mexa!” O Stalker explica aos novatos que a Zona é um sistema complexo de armadilhas mortais.
O escritor pergunta ao Stalker se ele nunca quis se aproveitar da sala. Ele responde que se sente bem sem fazer isso. O escritor continua falando e falando sem parar, até que o cientista pede que se cale. Isso só estimula o escritor a criticar os interesses científicos. Em sua opinião, a humanidade existe para criar obras de arte. De todas as atividades humanas, o escritor acredita que essa é a única altruísta. Lá pelas tantas, desejando agir por conta própria, o escritor decide seguir sem os cuidados do Stalker. De repente, ele ouve uma voz que não era de nenhum dos outros dois. Ela diz: “Pare! Não se mexa!” O Stalker explica aos novatos que a Zona é um sistema complexo de armadilhas mortais.
Diz também que não sabe o que se passa nela quando não há ninguém ali, mas quando as pessoas aparecem tudo começa a se mexer. As antigas armadilhas são substituídas por novas. Os lugares seguros já não são mais. O mesmo caminho pode ser fácil num momento, difícil no seguinte. Ela parece independente, mas no fundo se faz a partir de nossos espíritos. O que acontece na Zona não depende dela, mas dos humanos que lá estão. A Zona, segundo o Stalker, deixa entrar aqueles que já não tem esperanças, os infelizes. "Você teve sorte", lembra o Stalker ao escritor, pois ela o avisou. (imagem ao lado, o escritor resolve seguir caminho sem o Stalker, mas uma voz ordena que pare)
Já próximo à sala, o cientista arma uma bomba nuclear. Aparentemente, ele quer acabar com tudo por que acha tudo muito perigoso caso caia em mãos erradas – ou ainda, porque sua mulher o traiu. Mas um diálogo entre os três o convence de que seu desejo pode vir a não se realizar. É que a Zona só realiza os desejos mais profundos e inconscientes, e não aqueles que carregamos conscientemente. Além disso, ele conclui também que ninguém saiu feliz da Zona. No final, o cientista desarma o artefato. Nas palavras sarcásticas do escritor: “sonha-se com uma coisa, recebe-se outra”. (imagem ao lado, a Zona de Tarkovski é um terreno abandonado, nada de efeitos especiais)
O Stalker afirma que seus desejos se realizarão de fato quando eles entrarem na sala. Criticado pelo escritor, que questiona o fato de nenhum Stalker entrar na sala, ele responde que tudo que tem está na Zona: a felicidade, a liberdade, a dignidade. O Stalker explica que a única coisa que o escritor e o cientista devem fazer ao entrar na sala é acreditar. Os dois hesitam, mas não entram, já que não conhecem (ou não admitem) seus desejos mais profundos. Já em casa com a esposa, o Stalker critica o cientista e o escritor:
“E se dizem intelectuais, escritores, cientistas! Não acreditam em nada! Tem o órgão da fé atrofiado. Não precisam dele! Deus, que pessoas. Você não viu? Eles têm os olhos vazios! Só pensam em não perder, em vender-se por mais dinheiro! Querem que todo o trabalho do espírito lhes seja pago! Pensam que não nasceram em vão, que são predestinados! Acham que só se vive uma vez! Podem pessoas iguais e estas acreditar em algo? Ninguém acredita. Não só esses dois. Ninguém! Quem vou conduzir [para a Zona]? Jesus! O pior é que ninguém precisa disso! Ninguém precisa desta Sala. Todos os meus esforços são inúteis. Não levarei mais ninguém” (10) (imagem ao lado)
Em seguida, antes da seqüência final, temos o monólogo da esposa do Stalker. Ela está sentada, olhando direto para nós, os espectadores. Tarkovski via essa personagem como o exato oposto do cientista e do escritor. Enquanto eles, principalmente o escritor, resmungava contra o mundo, ela era capaz de se dedicar ao marido apesar de tudo que sofria. Tiveram uma filha aleijada, supostamente pelo fato dele ser um Stalker. Na seqüência final, essa menina demonstra seus dotes movendo copos em cima de mesa através da força do pensamento. Antes disso, a mãe como que se abre para nós, olhos nos olhos:
“Sabe, a minha mãe não aprovou. Viram logo que ele não era deste mundo. Nossos vizinhos riam dele. Era tão simplório que dava pena. E a minha mãe costumava dizer: é Stalker, está amaldiçoado, é um eterno prisioneiro! Você não sabe o tipo de filhos que os Stalkers têm? E eu... não lhe respondia. Eu sabia que ele estava amaldiçoado, de que ele era um eterno prisioneiro, e sobre as crianças. O que eu podia fazer? Eu tinha certeza que poderia ser feliz com ele. É claro, eu sabia que teria muita tristeza também. Mas é melhor ter uma felicidade amarga do que uma vida cinza, maçante. Talvez, eu pensei nisso tudo depois. Mas então ele se aproximou de mim e disse: ‘Venha comigo’. Eu fui e nunca me arrependi. Nunca. Nós tivemos muitas tristezas, muito medo e muita vergonha. Mas eu nunca me arrependi, e eu nunca invejei alguém. É apenas nosso destino, é assim que somos. E se não tivéssemos tido nossas desgraças, não estaríamos melhor. Teria sido pior. Porque nesse caso, não teria havido nenhuma felicidade. Não teria havido qualquer esperança” (11)
O Que é a Zona para Você?
“A Zona não simboliza nada,
nada mais do que qualquer outra
coisa em meus filmes: a zona é
uma zona, é a vida, e, ao longo
dela, um homem pode se destruir
ou pode se salvar. Se ele se salva
ou não é algo que depende do seu
próprio auto-respeito e da sua
capacidade de distinguir entre o
que realmente importa e o que
é puramente efêmero” (12)
nada mais do que qualquer outra
coisa em meus filmes: a zona é
uma zona, é a vida, e, ao longo
dela, um homem pode se destruir
ou pode se salvar. Se ele se salva
ou não é algo que depende do seu
próprio auto-respeito e da sua
capacidade de distinguir entre o
que realmente importa e o que
é puramente efêmero” (12)
O destino dos personagens é uma determinada sala dentro da Zona, onde os mais íntimos desejos se realizam. Durante o caminho, o guia conta a história de outro Stalker, apelidado de porco-espinho. Ele foi à sala pedir pela ressurreição de seu irmão, assassinado por sua causa. Quando voltou para casa, descobriu que estava rico. O porco-espinho se enforcou. É que a Zona atendeu ao que de fato era seu mais íntimo desejo, e não o desejo que ele conscientemente pensava que era o mais importante. Agora, tanto o cientista quanto o escritor não tem coragem de entrar na sala. Como em Solaris, a possibilidade de materialização dos desejos torna-se uma faca de dois gumes.
Eles refletiram sobre si mesmos, dando-se conta de que são imperfeitos no mais profundo e trágico nível de consciência. Nas palavras de Tarkovski, eles conseguiram olhar para dentro de si mesmos e ficaram horrorizados. Conseguiram olhar para dentro de si mesmos, mas não conseguiram encontrar força espiritual para acreditar em si mesmos. Os dois olham a esposa do Stalker vindo buscá-lo no bar e não compreendem como ela continua nesse casamento sofrido. Em seu amor e devoção esta mulher, esclarece Tarkovski, representa o milagre que se contrapõe à descrença, ao cinismo e ao vazio moral que sufocam o mundo moderno, representados pela presença do escritor e do cientista.
A Zona de Stalker funciona como o planeta de Solaris: um lugar de encontro possível com o desconhecido, mas onde o homem se arrisca a ser agarrado por seu passado. Quando o escritor tentou caminhar sozinho, seu próprio medo de fazê-lo fez com que a Zona tornasse sua voz audível pelos três (“pare, não se mexa!”). Foi por essa razão que ele recusou o convite para entrar na sala dos desejos. Chion chama atenção de que geralmente os três homens estão no centro da tela, cada um virado para uma direção. Chion também nota uma simetria entre o copo que vibra e anda com a passagem do trem no início do filme e a cena final, onde a criança move copos com a força de sua mente (13).
Em Solaris, algumas pessoas perdidas no cosmo eram atormentadas por desilusões e a saída era muito ilusória. Em O Espelho, os sentimentos eram fonte de confusão para o protagonista, que não compreendia por que sofrer para sempre devido ao próprio amor e afeição. Em Stalker, Tarkovski afirma que basta o amor pela humanidade para provar que existe esperança para o mundo. Para Tarkovski, todo o problema é que já quase não sabemos mais amar (14). “O herói atravessa momentos de desespero quando sua fé é abalada; mas a cada vez, ele retorna com um renovado sentido da sua vocação de servir às pessoas que perderam suas esperanças e ilusões” (15).
Notas:
1. TARKOVSKI, Andrei. Esculpir o Tempo. Tradução Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2002. Pp. 240-1.
2. Comentário disponível em: http://www.acs.ucalgary.ca/~tstronds/nostalghia.com/TheTopics/On_Solaris.html Acessado em: 15/03/2009.
3. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., p. 240.
4. CHION, Michel. Andreï Tarkovski. Paris: Cahiers du Cinema/Le Monde, 2007. P. 60.
5. Texto no início do filme.
6. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., p. 238.
7. Idem, p. 241.
8. Ibidem, p. 235.
9. Dos comentários de Artemiev em Dossiê Tarkovski, volume II. Continental Home Vídeo, 2004.
10. Das legendas em português do dvd de Stalker, Continental Home Vídeo, 2004.
11. Das legendas em inglês do dvd de Stalker, Continental Home Vídeo, 2004.
12. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., p. 240.
13. CHION, Michel. Op. Cit., pp. 66-9.
14. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., pp. 238-9.
15. Idem, p. 234.
16. Ibidem, p. 240.
"(...) E muito embora, a partir
de um ponto de vista exterior,
a viagem pareça terminar em fracasso, na verdade cada um
dos protagonistas adquiriu algo
de inestimável valor: a fé (...)" (16)
de um ponto de vista exterior,
a viagem pareça terminar em fracasso, na verdade cada um
dos protagonistas adquiriu algo
de inestimável valor: a fé (...)" (16)
Notas:
1. TARKOVSKI, Andrei. Esculpir o Tempo. Tradução Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2002. Pp. 240-1.
2. Comentário disponível em: http://www.acs.ucalgary.ca/~tstronds/nostalghia.com/TheTopics/On_Solaris.html Acessado em: 15/03/2009.
3. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., p. 240.
4. CHION, Michel. Andreï Tarkovski. Paris: Cahiers du Cinema/Le Monde, 2007. P. 60.
5. Texto no início do filme.
6. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., p. 238.
7. Idem, p. 241.
8. Ibidem, p. 235.
9. Dos comentários de Artemiev em Dossiê Tarkovski, volume II. Continental Home Vídeo, 2004.
10. Das legendas em português do dvd de Stalker, Continental Home Vídeo, 2004.
11. Das legendas em inglês do dvd de Stalker, Continental Home Vídeo, 2004.
12. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., p. 240.
13. CHION, Michel. Op. Cit., pp. 66-9.
14. TARKOVSKI, Andrei. Op. Cit., pp. 238-9.
15. Idem, p. 234.
16. Ibidem, p. 240.