“(...) Sobre por que
viver e trabalhar juntos
como um grupo não
dá certo, mesmo com
pessoas que desejariam
que desse certo e para
quem o grupo é a
própria vida” (1)
como um grupo não
dá certo, mesmo com
pessoas que desejariam
que desse certo e para
quem o grupo é a
própria vida” (1)
Cuidado com a Puta Sagrada (Warnung vor einer heilingen Nutte, 1970) dramatiza os bastidores das filmagens de Whity, realizado quatro meses antes – filme pouco visto e pouco comentado do cineasta alemão, uma espécie de faroeste com toques surrealistas e muito sadomasoquismo explícito. Não fica pedra sobre pedra, em mais um filme onde o comprometimento autobiográfico de Rainer Werner Fassbinder é total. Foi também o último filme realizado em torno do Antiteatro e de “seu” grupo de atores – Eddie Constantine, ator norte-americano que contracena com Hanna Schygulla, não faz parte do Antiteatro.
Na Espanha, uma equipe aguarda seu diretor para iniciarem as filmagens de uma estória chamada Patria o Muerte, sobre a violência permitida por um governo. O título deste filme é uma referência ao slogan dos fascistas espanhóis (2). É sutil a articulação que Fassbinder traça entre a violência de um Estado e a violência nas relações interpessoais. Em Cuidado com a Puta Sagrada, o sonho coletivo do Antiteatro é finalmente enterrado. O pano de fundo da incapacidade de uma vida em comum perpassa essa questão da violência, e Fassbinder não hesitou em se deixar representar tirânico, maltratado, amante frustrado.
Depois de do monólogo de Werner Schroeter (cineasta alemão que Fassbinder admirava) no prólogo, passamos ao saguão de um hotel. Todos fofocam e discutem enquanto esperam pela presença do diretor, da estrela, da película e do segundo pagamento da verba que o governo alemão lhes havia concedido para realizar aquele trabalho. É o próprio Fassbinder que está no papel de Sacha, o gerente de produção do projeto, que grita com todo mundo (ao lado). Quando Jeff, o diretor, chega, já esculhamba Sacha por ter escolhido aquele local. Em seguida, Jeff se vê com problema em seu caso com um dos atores. Eddie Constantine e Hanna (Schygulla), os dois protagonistas da produção, tornam-se amantes e se isolam daquele grupo problemático.
Jeff confronta sua antiga amante, Irm, ao mesmo tempo em que alterna momentos de afeto e ciúme em relação a Rick, seu atual amante. Rick, por sua vez, está com dúvidas em relação a sua capacidade de atuar e tem saudades da vida com sua esposa. Jeff se torna tirânico, perturbado, deprimido. Faz declarações mentirosas de casamento a duas mulheres do grupo. No limite, ele esbofeteia uma mulher da equipe, em seguida sendo agredido por um dos homens, enquanto o resto olha indiferente. Finalmente, neste clima, e depois de toda essa violência, começa a filmagem sobre um Estado que aplica violência em Patria o Muerte!
Verdades e Mentiras
“Nos muitos papéis que
desempenhamos para [Fassbinder],
era sempre possível identificar uma
parte da personalidade da gente, mas,
em geral, uma parte isolada, um
ângulo isolado – o que tivéssemos
de mais feio, é claro” (3)
Peter Berling
Apesar de o filme girar em torno de um artista frustrado e sensível e da dramatização das complexas relações entre as pessoas de um grupo, Harry Baer enfatizou que não se podem esquecer os elementos humorísticos de Cuidado Com a Puta Sagrada. Ele lembra que Fassbinder chegou a dizer que teve bons tempos durante as filmagens. Mas o filme não é uma simples comédia, pois constitui uma problematização da questão da liderança no interior de um coletivo artístico. Impressiona o conhecedor da biografia do cineasta a relação entre os personagens e seus correspondentes na vida de Fassbinder. A dramatização pública de sua vida afetiva privada chega a impressionar.
Como por exemplo, a referência a seu primeiro longa-metragem, O Amor é Mais Frio que a Morte (Liebe ist kälter als der Tod, 1969). Jeff consola Rick, afirmando que ele é um bom ator. Rick, por sua vez, afirma para Jeff que tem saudades de seu antigo trabalho e sua esposa. Chega aos ouvidos de Jeff que Rick teria dito que só transou com ele pelo dinheiro. Numa conversa com o diretor de arte de Patria o Muerte, na frente de Rick, Jeff diz (em francês para Rick perceber) que “sem dinheiro ele voltará (...). O amor é mais frio que a morte”. “Não mais frio, mais simples”, o diretor de arte retruca. Jeff insiste, “não! Muito, muito mais frio” (4). (imagem abaixo, à direita, Jeff)
Jeff é o próprio Fassbinder, que até veste o conhecido casaco de couro dele. Jeff é um profissional competente, mas sua vida afetiva é caótica. Jeff passa com um problema com seu amante. Fassbinder, também homossexual, durante as filmagens de Whity, passou por problemas com seu amante, Günther Kaufmann – que também tinha expressado desejo de voltar para a esposa, assim como Ricky (que representa Kaufmann), o amante de Jeff. Kurt Raab, membro do Antiteatro, aparece em Cuidado Com a Puta Sagrada como Fred, o diretor de arte bêbado. Irm, mulher de Jeff, representa Irm Hermann – que dubla a voz da atriz que faz o papel dela. Peter Berling, o produtor de Whity, se indignou com Sacha, papel em que atuou o próprio Fassbinder.
Como por exemplo, a referência a seu primeiro longa-metragem, O Amor é Mais Frio que a Morte (Liebe ist kälter als der Tod, 1969). Jeff consola Rick, afirmando que ele é um bom ator. Rick, por sua vez, afirma para Jeff que tem saudades de seu antigo trabalho e sua esposa. Chega aos ouvidos de Jeff que Rick teria dito que só transou com ele pelo dinheiro. Numa conversa com o diretor de arte de Patria o Muerte, na frente de Rick, Jeff diz (em francês para Rick perceber) que “sem dinheiro ele voltará (...). O amor é mais frio que a morte”. “Não mais frio, mais simples”, o diretor de arte retruca. Jeff insiste, “não! Muito, muito mais frio” (4). (imagem abaixo, à direita, Jeff)
Jeff é o próprio Fassbinder, que até veste o conhecido casaco de couro dele. Jeff é um profissional competente, mas sua vida afetiva é caótica. Jeff passa com um problema com seu amante. Fassbinder, também homossexual, durante as filmagens de Whity, passou por problemas com seu amante, Günther Kaufmann – que também tinha expressado desejo de voltar para a esposa, assim como Ricky (que representa Kaufmann), o amante de Jeff. Kurt Raab, membro do Antiteatro, aparece em Cuidado Com a Puta Sagrada como Fred, o diretor de arte bêbado. Irm, mulher de Jeff, representa Irm Hermann – que dubla a voz da atriz que faz o papel dela. Peter Berling, o produtor de Whity, se indignou com Sacha, papel em que atuou o próprio Fassbinder.
Ulli Lommel, representado pela figura de Korbinian, bebe todo o tempo e fala sobre seu desejo de fazer um filme, mas desculpa a si mesmo por não fazer porque sua esposa o oprime. Seus esforços para agradar Jeff são infrutíferos. Em tempo, Lommel foi o co-produtor financeiro da produção de Whity – mas seu cartão de crédito não tinha dinheiro (5). O papel de produtor financeiro coube a Manfred. Irm, Ulli Lommel e sua esposa (na vida real) Katrin, haviam caído no conceito de Fassbinder, o que explicaria seus papéis desprezíveis. Lommel ficou reduzido a um papel de office-boy, e Katrin, descendente de uma família da alta burguesia de Hamburgo, apenas uma ajudante, sempre com vestidos curtos e calada. Harry Baer é o doce marido de uma extra (6). Mas Harry riu dessas supostas correspondências:
“Rainer sempre se divertiu dando dicas para os críticos sobre supostos significados de seus filmes. Que esses críticos – ó Deus, tão sutis, tão argutos! – depois de verem o filme tenham-se curvado à interpretação subseqüente que dele ofereceu Rainer é algo que não os recomenda para o exercício da profissão. ‘Um de seus filmes mais desesperados...’ ‘Cara a cara, sem misericórdia, com sua persona...’ É para rir! Muitas toneladas de cores tiveram que ser jogadas em cima da gente para transformar em aves do paraíso com um toque de loucura à Fellini a cambada de relaxados, grosseirões e mal-educados que éramos. E a sugestão de que o filme dentro do filme deveria ser contra a violência do governo era mais outra maliciosa esperteza com o objetivo de fornecer um significado maior àquilo que, na intenção de Rainer, era apenas a fabricação de mitos em cima de nosso banal cotidiano de atores e a coroação de nosso senhor Fassbinder com uma auréola em torno da cabeça” (7)
“Rainer sempre se divertiu dando dicas para os críticos sobre supostos significados de seus filmes. Que esses críticos – ó Deus, tão sutis, tão argutos! – depois de verem o filme tenham-se curvado à interpretação subseqüente que dele ofereceu Rainer é algo que não os recomenda para o exercício da profissão. ‘Um de seus filmes mais desesperados...’ ‘Cara a cara, sem misericórdia, com sua persona...’ É para rir! Muitas toneladas de cores tiveram que ser jogadas em cima da gente para transformar em aves do paraíso com um toque de loucura à Fellini a cambada de relaxados, grosseirões e mal-educados que éramos. E a sugestão de que o filme dentro do filme deveria ser contra a violência do governo era mais outra maliciosa esperteza com o objetivo de fornecer um significado maior àquilo que, na intenção de Rainer, era apenas a fabricação de mitos em cima de nosso banal cotidiano de atores e a coroação de nosso senhor Fassbinder com uma auréola em torno da cabeça” (7)
“(...) O sentimento
era recíproco [...]. Eles
diziam que eu os explorava,
e eu dizia que eles me
exploravam (...)”
diziam que eu os explorava,
e eu dizia que eles me
exploravam (...)”
Comentário de Fassbinder
sobre a convivência durante
as filmagens de Whity (8)
as filmagens de Whity (8)
“Saiba que
muitas vezes senti-me
mortalmente cansado de
estar sempre retratando
a humanidade sem
participar do que
é humano”
muitas vezes senti-me
mortalmente cansado de
estar sempre retratando
a humanidade sem
participar do que
é humano”
Trecho de Tonio Kröger, Thomas Mann
A Puta Sagrada e as Utopias de 68
Apesar de enfatizar a tirania de um diretor, Cuidado Com a Puta Sagrada não é só isso, também o mostrará sendo vampirizado por seus (supostos) colaboradores. Fassbinder chega a dizer isso, pela boca de Jeff: Todos vocês podem desaparecer! São todos uns porcos, porcos exploradores!... Eu odeio vocês!”. Enquanto o diretor grita dizendo que aquele pessoal está sugando seu sangue, o filme mostra um Jeff profissionalmente centrado quando o assunto é seu trabalho. O caos de sua vida pessoal e as freqüentes explosões contra os atores e a equipe também eram um traço de Fassbinder. Somente em 1977, Fassbinder admitiu ter aprendido a impor autoridade sem amedrontar.
Num certo ponto, Jeff explica ao câmera como ele deverá filmar a cena. No dia seguinte, o cameraman diz não estar muito certo das instruções do diretor. Jeff explode novamente: “Eu tenho que fazer tudo sozinho? Se você não decide nada, nunca lhe agradará seu trabalho!” Um episódio no filme mostra aquilo que para muitos era o mais elogiável em Fassbinder. O cineasta esperava por um trabalho colaborativo por parte da equipe, não apenas um bando de pessoas que meramente seguiam as ordens. (acima, à direita, é a vez de Ulli Lommel, ou Korbinian, ouvir mais algum esculacho de Sacha, ou Fassbinder; acima, Jeff, alter-ego de Fassbinder, e Eddie Constantine e Hanna Schygulla; ao lado, Sacha e Katrin, ou a esposa de Lommel na vida real)
Por outro lado, afirma Yann Lardeau, os laços que Jeff estabelece com o grupo dependem de que destrua, seja as pessoas propriamente ou os laços que existem entre elas. Jeff se mete entre todos de forma a se tornar essencial, indispensável, sentindo a necessidade de destruir tudo que as pessoas tinham antes dele. Simultaneamente, uma vez que alguma coisa não vá bem, Jeff será o foco de todo o ódio, hostilidade e rancores das mesmas pessoas que ele carrega nas costas, por motivos sexuais ou financeiros (9).
Cuidado Com a Puta Sagrada, um filme sobre fazer filmes, mas também sobre a impossibilidade do trabalho coletivo. Além disso, um filme sobre um criador de realidades artificiais (um cineasta) que ao mesmo tempo não consegue lidar com a própria realidade pessoal. E, ainda por cima, tem que desempenhar o papel de figura paterna para todas aquelas pessoas da equipe que dependem dele. Esta era também uma referencia direta ao fim da experiência do Antiteatro. Justamente por serem muito dependentes dele, Fassbinder disse em 1973 que nunca chegaram a ser “um grupo” – o que ficava claro quando depois do fim os antigos membros eram capazes de questionar as decisões de Fassbinder na época, mas não as suas próprias (10).
Cuidado Com a Puta Sagrada, um filme sobre fazer filmes, mas também sobre a impossibilidade do trabalho coletivo. Além disso, um filme sobre um criador de realidades artificiais (um cineasta) que ao mesmo tempo não consegue lidar com a própria realidade pessoal. E, ainda por cima, tem que desempenhar o papel de figura paterna para todas aquelas pessoas da equipe que dependem dele. Esta era também uma referencia direta ao fim da experiência do Antiteatro. Justamente por serem muito dependentes dele, Fassbinder disse em 1973 que nunca chegaram a ser “um grupo” – o que ficava claro quando depois do fim os antigos membros eram capazes de questionar as decisões de Fassbinder na época, mas não as suas próprias (10).
“Esse é também um filme sobre filmagem em geral, uma meditação sutil sobre o cinema, na tradição de 8 ½ [Fellini Otto e Mezzo, 1963], de Federico Fellini, que Fassbinder estudou alguns anos antes, e O Desprezo [Le Mépris, 1963], de Jean-Luc Godard, no qual o diretor da Nouvelle Vague francesa, que Fassbinder admira, atua como diretor assistente num filme dentro do filme. Como todos esses filmes reflexivos, Cuidado Com a Puta Sagrada, de Fassbinder, desafia as hipóteses ingênuas do espectador a respeito de contar estórias na tela e se engaja no processo de ‘desconstruir a narrativa’, produzindo nas palavras de Robert Stam, ‘um duplo movimento de fabulação festiva e crítica desmistificadora’”(11)
A citação de um trecho de Tonio Kröger no final do filme (“Saiba que muitas vezes senti-me mortalmente cansado de estar sempre retratando a humanidade sem participar do que é humano”) traça um paralelo entre o personagem de Thomas Mann e... Fassbinder? Ou... os atores do grupo Antiteatro como um todo? Tonio tem a convicção de que os artistas não podem ser criaturas humanas razoáveis. Berling e Katz consideraram essa citação um exemplo de extrema auto-piedade, preferindo a fala de Jeff, que murmurou para si mesmo, dizendo que o filme (dentro do filme) resultou numa obra extremamente bela. (acima e ao lado, Sacha e Jeff, alter-ego de Fassbinder. Também vemos uma conversa entre Rainer e Peter Berling nas filmagens de Whity)
Na opinião de Watson Steadman, a puta sagrada é o cinema, essa que degrada e devora seus devotos, também afirma que Fassbinder possuía uma personalidade bipolar (12). “A única expressão sentimental que eu respeito”, dirá Sacha/Fassbinder, “é o desespero” (13). Cuidado com a Puta Sagrada, não se pode esquecer, é de 1970. “Aquele estranho período pós-revolucionário”, como Fassbinder chamou, reavaliava as conquistas e derrotas da “revolução” de 68.
“Não é por coincidência que esse filme, como os outros da série de 1970, trata do desmoronamento de tentativas radicais de viver em liberdade (...). A ‘revolução’ de 1968 já a essa altura estava sendo encarada como um fracasso. Começara a destruir as próprias forças, voltando a sua agressividade para dentro, devorando o próprio coração, por assim dizer; não tardaria a ressurgir como um desapiedado movimento terrorista [na Alemanha]. Fassbinder não era o único, portanto, a ter chegado a um beco sem saída; e não se afastaria nunca da violência, identificando-se, por exemplo, com o grupo Baader-Meinhof. ‘São pessoas muito inteligentes’, diria mais tarde. ‘Tem grande potencial intelectual, mas também uma hipersensibilidade para o desespero que não sei como poderia usar de modo construtivo. Como eles tampouco sabem, perderam a cabeça’. Fassbinder declarou-se interessadíssimo em descobrir ‘como usar a grande força que tem essas pessoas’. A feitura de Puta Sagrada foi um momento decisivo nessa busca” (14)
Notas:
Leia também:Notas:
Berlin Alexanderplatz (I), (II), (final)
1. KATZ, Robert; BERLING, Peter. O Amor é Mais Frio do que a Morte. A vida e o Tempo de Rainer Werner Fassbinder. Tradução Carlos Sussekind. São Paulo: Editora Brasiliense, 1992. P. 75. Berling e Katz utilizam as próprias palavras de Fassbinder.
2. WATSON, Wallace Steadman. Understanding Rainer Werner Fassbinder: Film as Private and Public Art. USA: University of South Carolina Press, 1996. P. 108n10.
3. Comentário de Peter Berling In KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., p. 77.
4. WATSON, Wallace Steadman. Op. Cit., p. 99.
5. Ibidem, p. 98. Para as referências a Ulli Lommel e Peter Berling, KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., pp. 221-230.
6. KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., p. 78.
7. Idem, pp. 76-7.
8. Ibidem, p. 68.
9. LARDEAU, Yann. Rainer Werner Fassbinder. Paris: Éditions de l'Étoile/Cahiers du Cinéma, 1990. P. 113.
10. WATSON, Wallace Steadman. Op. Cit., pp. 101 e 108n16.
11. Idem, p, 102.
12. Ibidem, p. 164.
13. ELSAESSER, Thomas. R.W. Fassbinder. Un Cinéaste D’allemagne. Paris: Éditions du Centre Pompidou, 2005. P. 118 e 154n1. Em outro ponto de seu livro (p. 461), Elsaesser dá uma versão ligeiramente diversa desta: “o único sentimento que eu posso tolerar é o desespero”.
14. KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., pp. 77-8.
2. WATSON, Wallace Steadman. Understanding Rainer Werner Fassbinder: Film as Private and Public Art. USA: University of South Carolina Press, 1996. P. 108n10.
3. Comentário de Peter Berling In KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., p. 77.
4. WATSON, Wallace Steadman. Op. Cit., p. 99.
5. Ibidem, p. 98. Para as referências a Ulli Lommel e Peter Berling, KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., pp. 221-230.
6. KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., p. 78.
7. Idem, pp. 76-7.
8. Ibidem, p. 68.
9. LARDEAU, Yann. Rainer Werner Fassbinder. Paris: Éditions de l'Étoile/Cahiers du Cinéma, 1990. P. 113.
10. WATSON, Wallace Steadman. Op. Cit., pp. 101 e 108n16.
11. Idem, p, 102.
12. Ibidem, p. 164.
13. ELSAESSER, Thomas. R.W. Fassbinder. Un Cinéaste D’allemagne. Paris: Éditions du Centre Pompidou, 2005. P. 118 e 154n1. Em outro ponto de seu livro (p. 461), Elsaesser dá uma versão ligeiramente diversa desta: “o único sentimento que eu posso tolerar é o desespero”.
14. KATZ, Robert; BERLING, Peter. Op. Cit., pp. 77-8.